Sabe-se lá quantos dias de isolamento social serão necessários para que a nossa vida recobre um mínimo da antiga rotina. Como sinto falta dessa rotina... claro que passados mais de 15 dias em molho em casa, a gente acaba descobrindo uma nova forma de organizar o tempo.
Inicialmente, a preocupação maior era manter a casa limpa. Confesso que faltou pouco para meu TOC voltar. A obsessão com a limpeza, o som da máquina de lavar roupa quase que intermitente, os inúmeros pedidos no supermercado. Até que um dia me dei conta de que temos papel higiênico para muito tempo, muito tempo mesmo... se, por um lado, senti certo alívio por não ter que me preocupar com itens básicos de higiene por algumas boas semanas, por outro, veio aquela tristeza e a pergunta: o que significa isso tudo? Será que nossa vida virou de perna pro ar definitivamente?
Inicialmente, a preocupação maior era manter a casa limpa. Confesso que faltou pouco para meu TOC voltar. A obsessão com a limpeza, o som da máquina de lavar roupa quase que intermitente, os inúmeros pedidos no supermercado. Até que um dia me dei conta de que temos papel higiênico para muito tempo, muito tempo mesmo... se, por um lado, senti certo alívio por não ter que me preocupar com itens básicos de higiene por algumas boas semanas, por outro, veio aquela tristeza e a pergunta: o que significa isso tudo? Será que nossa vida virou de perna pro ar definitivamente?
Vocês se deram conta de que todos esses fatos são super recentes, mas a sensação que temos é de que estamos nesse vendaval há uma eternidade?
Vi esta bandeirinha à venda neste site e amei. Acho que vou encomendar uma! |
Não sei se são as preocupações diárias com saúde, com o bem-estar das pessoas que amamos, com as incertezas financeiras, com a tragédia que aguarda aqueles em situação menos favorecida, a nossa política bizarra... mas o fato é que os dias têm parecidos longos, as noites curtas e a sensação de cansaço se tornou uma constante.
Semana passada me dei conta de que eu voltei da Espanha há tão pouco tempo, mas quase não me lembro dessa viagem, que foi linda, por sinal. Jamais me permiti desfrutar daquele pós-viagem, não tive coragem de ver as fotos, de relembrar os momentos... eu cheguei no dia 8 de março e me lembro que ao entrar no apartamento e ligar o computador para ver as notícias, tive um choque com o aumento súbito do número de casos de Covid-19 em um único dia. Eu pensava: mas eu estava ali há poucas horas e as coisas pareciam dentro da normalidade. Nada indicava que a semana que se iniciava seria tão triste, não somente para a Espanha, mas para muitos outros países.
O fato é que a gente leva um tempo até perceber a gravidade do problema. Somente quando ele se aproxima muito, muito mesmo, a ficha parece cair. Foi assim quando começou essa crise, na China... muita gente duvidava que ela chegaria até o Brasil. E vejam só, o mundo agora está "unido" por um motivo bem triste: o combate ao novo coronavírus.
Resolvi retomar os posts aqui no blog, após muitas idas e vindas nos últimos anos. A falta de tempo foi, sem dúvida, o principal motivo pelo qual eu deixei de escrever aqui. Nunca me preocupei se havia alguém lendo o que eu publicava. Este blog, como o próprio nome indica, nada mais é do que uma espécie de diário onde eu registro referências musicais, dicas de artistas e bandas para lembrar depois. Notei que já faz muito tempo desde que eu comecei a publicar aqui e, consequentemente, muitos links já estão quebrados. Uma pena, pois eu salvei aqui músicas que realmente marcaram algum momento da minha vida e adoraria ter esta espécie de diário sempre em mãos para que eu pudesse acessar e escutar. Mas não faz mal. Em tempos de Spotify e Deezer, a gente consegue escutar praticamente tudo com uma busca simples.
Em todo caso, optei por recomeçar a postar aqui pelo simples motivo de que eu preciso de algumas rotinas que sejam diferentes de limpeza e trabalho (aliás, não está sendo fácil encontrar uma nova rotina para a OF agora com plataforma de ensino a distância, mas pouco a pouco a gente pega o ritmo... na esperança de que voltemos às aulas presenciais em breve!). Se pudermos passar por tudo isso com saúde, paciência, lucidez, dança e boa música, já teremos boas histórias para contar. Minha terapeuta provavelmente sentiria orgulho de mim lendo esta última frase... hahaha
Para encerrar este textão, aí vai uma música que ontem eu escutei repetidas vezes enquanto costurava máscaras de proteção. Sim, isso também foi algo que recentemente entrou na minha rotina... espero que por pouco tempo e que em breve eu volte a fazer bolsas, necessaires e outras coisinhas mais amenas!
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