Soul Power

Estive muitas semanas sem publicar por aqui, pois a correria do mês de novembro foi impressionante! Emendou um monte de coisa, desde apresentação até viagem para o exterior. 

Mas, agora estou aproveitando esse restinho de 2016 para retomar alguns projetos, muitos dos quais, eu fui adiando nem sei mesmo por quê. Sempre é tempo de recuperar nossos planos, elaborá-los outra vez, adequá-los à nossa realidade e tentar colocá-los em ação. E, claro, muitos deles merecem uma boa trilha sonora, não é mesmo? Nada de deixar pra amanhã aquilo que se pode fazer hoje... Eu sei que a gente acaba sendo levado pela correria do dia a dia, mas que tal escolher pelo menos um novo projeto para iniciar ainda este ano?


Descoberta mais linda! Este álbum do Curtis Harding "Soul Power" é maravilhoso do início ao fim!







Aretha outra vez... e a maravilha de um programa simples

Como enjoar dessa voz perfeita? Só deu Aretha Franklin aqui em casa no feriado... Pela manhã rolou muito flamenco, pois estávamos em pleno ensaio lá na escola (Rê e eu, apenas). 


Mas, chegando em casa, parti pro melhor programa ever... ficar quieta escutando música acompanhada do trio felino (pois marido está longe). Afinal, ficar à toa ouvindo música, lendo um bom livro ou vendo um filme legal é simplesmente um bálsamo para o espírito. Amo muito estar em casa fazendo (quase) nada...

“Os prazeres mais singelos são o último refúgio das pessoas complicadas.” 
― Oscar Wilde


Guerreiros, é o que nós somos!

“Guerreiros, é o que nós somos!”

Frase tirada do clássico de Alexandre Dumas, “Os Três Mosqueteiros”, minha nova série do coração, que está disponível na Netflix e é uma delícia de assistir!



Mas, a frase serve também para as pequenas e pequenos empresários neste país. Somos, na minha opinião, todos guerreiros. Como é difícil às vezes lidar com tanta instabilidade, insegurança e baixaria (sim, elas existem, e com muito mais frequência do que muitos podem supor, inclusive vindo de altos escalões de imobiliárias milionárias da cidade)!

Episódios recentes têm nos levado a questionar várias coisas a respeito dos caminhos que traçamos para nossas vidas. Jamais em tom de arrependimento, mas sim, buscando serenidade para tomar decisões importantes e, de preferência, certeiras.

Ainda bem que a experiência de 18 anos de OF nos ensinou que, por mais cansativo que seja ser dono do próprio nariz.... ops, negócio... vale muito a pena quando fazemos aquilo que mais amamos. Que assim seja por muito tempo ainda!

Voltando pra casa com Joe Silhueta

"Ainda resta a esperança quando se dança essa dança
que se dança melhor só..."
Joe Silhueta 


Sábado à tarde, voltando pra casa e pensando na vida, escutei algumas músicas do Joe Silhueta tocando na Rádio Nacional. Super adorei! Uma mistura de Bob Dylan, Cream, America e Raul Seixas. 

Deixo aqui nos Registros para voltar a ouvir outras vezes. 




Um brinde ao novo ciclo... ou...será que teremos playlist?

Hoje cedo, no ápice da minha insônia, descobri duas coisas muito legais!



A primeira delas é um cantor maravilhoso chamado Nick Waterhouse. Confesso, nunca tinha ouvido falar. Estou encantada. Escutando há mais de 12 horas e sem previsão de que eu vá enjoar tão cedo. É exatamente o tipo de música que eu amo! Parece antiga, mas não é! Tipo eu! hahahahaha!

Bom, a segunda coisa, é ainda mais bacana! O site 8tracks.com nos permite montar playlists, como o saudoso Grooveshark! 

Dias desses eu e algumas pessoas comentávamos como essas rádios que nós mesmos podemos ir montando eram legais e fazem muita falta. Pois bem, parece que agora dá para retomar as playlists mensais, com temas que vão mudando conforme a época.

Resolvi preparar essa para testar o tal site... como a primavera começa a dar o ar de sua graça por aqui, já entrei no clima. Estou apaixonada pelo clima em Bsb este ano durante esta época. Está tudo lindo e encantador!

Vai aí uma playlist para embalar as próximas semanas até a chegada da nova estação.


Fecho o post com um pensamento que li há pouco, enquanto fazia uma reflexão sobre esse novo ciclo que começa hoje para mim...

"Procure o que é bom - em você e à sua volta. Pensamento positivo pode não ser uma panaceia, mas é o recurso mais simples de que dispomos para cooperar com a benevolência".  ~ Victoria Moran

Um brinde à nova idade, cheia de saúde, amor, alegrias e certezas! 

O tempo urge


É assustador, mas a gente percebe que está ficando velha quando, entre outras coisas, vê o filho da Cássia Eller lançando CD! hehehehe! A propósito, ele é a cara dela, não acham?


Bom, filosofia barata para início de agosto e de inferno astral... vamos que vamos, pois o tempo urge!

- O que faria se soubesse que tem menos de um minuto de vida?
- Faria cada segundo valer a pena!
~ Contra o tempo (Source Code)

Canned Heat, blues e um sábado à toa

Ontem foi um daqueles aproximadamente 15 sábados do ano em que eu não dou aula. Rotina que se mantém há exatos 18 anos e que eu adoro.

Meu amor à OF é tanto que eu sequer sei como aproveitar as manhãs de sábado quando não estou por lá. Chegamos cedo e ficamos na escola apenas até as 10 horas e depois saímos para resolver algumas coisas. Eu aproveitei para passar na Komboleria, um café da asa norte que vende produtos sem glúten e sem lactose. Tomei um expresso, provei uma fatia de bolo e trouxe pra casa alguns pãezinhos e um maravilhoso chutney de tomate que a vendedora me ofereceu para degustar e que eu amei.

De lá, voltei pra casa, organizei um monte de coisa, comecei a preparar as aulas do curso teórico que teremos esta semana e depois fui ler um pouco. Como eu não consigo ler escutando flamenco, pois eu fico marcando o compasso das músicas e me distraio, eu normalmente gosto de estudar ou passar o dia com um bom livro acompanhada de música clássica, bossa nova ou blues.

Ontem, escolhi blues para embalar a leitura. Me lembrei que eu havia anotado o nome de vários artistas de uma playlist do Song Pop (sim, eu jogo quando tenho tempo e me divirto horrores hehehe!) e lá fui eu selecionar alguns clássicos que desejava escutar. Cannet Heat foi um deles.

Apaixonada pela música On The Road Again, eu devo ter ouvido provavelmente umas 18 vezes de ontem pra hoje. Já até procurei os acordes para tocar no violão! (A propósito, preciso praticar o violão com mais disciplina. É que eu ando tendo um caso de amor com minha máquina de costura e está difícil me manter afastada dela nas horas vagas.)



Resumo da ópera: fazia tempo que eu não tirava um sábado para fazer absolutamente nada importante. Estava precisando. No final do dia ainda deu para ir à uma festinha julina com Lauris, Gus e Lipe. Pena que Moha está viajando. Teria sido ótimo tê-lo por aqui este final de semana! Foi simplesmente leve!

Ah, isso tudo para escrever que, após escutar muito Canned Heat, eu comecei a pesquisar um pouco mais sobre a banda e acabei encontrando este blog sensacional, que merece ser visitado muitas outras vezes! Descobri que um dos líderes da banda faleceu super jovem, aos 27 anos (é ele quem canta neste vídeo abaixo). O outro líder da formação original também faleceu jovem, 11 anos depois, mais ou menos. O mais interessante é que a banda permanece ativa até  hoje e por ela já passaram mais de 40 integrantes!).

O melhor método para viajar? A música.
B.B. King

Sobre o aceitar e um café para acompanhar


Como temos dificuldade em aceitar algumas coisas, não? Se pudéssemos ter sempre a serenidade de olharmos as situações incômodas como parte de nosso processo de aprendizado, quem sabe, as coisas poderiam se tornar mais fáceis e, consequentemente, a vida mais leve.

Façamos deste desafio um exercício diário. Com paciência, boa música, ótima companhia e um café para acompanhar, pode ser que a gente nem dê tanta bola assim para aqueles dias mais ásperos.

Se eu aceito o sol, o calor, e o arco-íris, preciso aceitar também o trovão, a tempestade, e o raio. 
~ Khalil Gibran


Ai, a felicidade

"Sair da zona de conforto é uma decisão e é um custo sair da zona de conforto. [...] Mudar é muito difícil, não mudar é fatal."

(Leandro Karnal)


Por uma vida onde a gente não precise acreditar que, para ser feliz, uma pessoa precise provar que é bem sucedida financeira e profissionalmente. No fundo, a sociedade de consumo em que vivemos é artificial demais... coisa boa é conseguir distanciar-se um pouco desse desvario.



Vale super a pena assistir a este trecho de palestra do filósofo e historiador Leandro Karnal sobre "A vida que vale apena ser vivida em tempos líquidos".



Rock psicodélico para deixar rolar

Em tempos de muito pouco amor pelas redes sociais... coloca uma musiquinha e deixa rolar.



Se for rock psicodélico então, no mínimo, no mínimo, você vai desanuviar por algumas boas horas.

"De que maneira falas: como quem pontifica ou como quem edifica? Se falas como quem pontifica, prepara-te para as mais angustiosas decepções, porque todos os “pontífices”, com suas verdades definitivas, serão reduzidos a zero, mas, se falas como quem edifica, ajudas a ti mesmo e ao próximo, porque desenvolves a tua Natureza Divina e estimulas a Natureza Divina em quem te ouve." (Luiz Antônio Millecco ~ O Canto da Vida, ditado pelo espírito Delfos)





Por mais pensamentos budistas

Encontrei esse link super legal, com 107 frases budistas inspiradoras. São reflexões que merecem ser lidas e relidas sempre. E, na medida do possível, colocadas em prática, creio eu. Sei que nem sempre e fácil, mas vale a pena fazer desse desafio uma prática cotidiana.



O post é apenas para registrar o link, já entre os meus favoritos, e destacar essa, que hoje parece estar em consonância com o momento político (triste, por sinal) que estamos vivenciando.

As pessoas não existem em função da religião. É a religião que existe em função das pessoas. Mesmo na política não é o povo que existe em função dos políticos. São os políticos que existem em função do povo. No ensino, os professores existem em função dos alunos. Os médicos existem, acima de tudo, em função dos pacientes. Também a existência dos advogados, cientistas, jornalistas, tudo se resume em função do povo. Entretanto, na maioria das vezes, essa posição está invertida. Utilizam-se do povo para os seus próprios interesses e satisfações. Aqueles que exploram a religião para seus próprios fins egoístas oprimem e denigrem as pessoas. Eles tiram impiedosamente vantagens dos outros, apossando-se do que podem e então, cruelmente, deixam as pessoas de lado quando não tem mais nada a oferecer. Da mesma forma, aqueles que exploram o mundo da política para o seu próprio fim compartilham do mesmo desprezo pelas pessoas. Os senhores não devem ser enganados por esse tipo de pessoa. As pessoas não existem para beneficiarem os líderes. O que deve ocorrer é justamente o oposto. Os líderes, inclusive políticos e clérigos existem para beneficiar as pessoas. Os professores por sua vez, existem para o bem dos estudantes. Entretanto, muitos dos que se encontram em posições de liderança comportam-se arrogantemente, denigrem as pessoas.
(Daisaku Ikeda).

E para aproveitar, compartilhar esta música linda de viver que escutava sempre há alguns anos e que, curiosamente, escutei de forma inesperada dia desses, deixando-me mais nostálgica do que meu ascendente faz com que eu me sinta diariamente. Como a música já deve ser de conhecimento de muitos, pois foi trilha do filme "Furyo, em Nome da Honra" há muito tempo atrás, deixo aqui outra versão, igualmente linda!


Pedro Iturralde y Paco de Lucía...ou, ¡Anda Jaleo! para escutar 10 vezes seguidas!

Hoje é o dia internacional do Jazz. Confesso que este está longe de ser o estilo musical que mais costumo ouvir, mas quando encontro fusões como esta meu coração palpita!

Descrição do vídeo no youtube (como não se encantar?)

En España, en los años 60, se comenzó a experimentar con la mezcla entre jazz y flamenco de la mano de Pedro Iturralde. Un saxofonista de jazz que se familiarizó con el flamenco escuchando en la radio al guitarrista pamplonés Sabicas. Lo que empezó como una primera experimentación, terminó por concretarse años depués en Berlín, cuando Joachim E. Berendt convocó a Pedro Iturralde junco con un jovencísimo Paco de Lucía grabando en julio de 1967 el disco Jazz Flamenco, en el que por primera vez aparece esta fusión en España.


Aproveitei a tarde de sábado para ler, descansar e ouvir música. Semana que vem começam os ensaios e a correria toma conta até final de junho. Embora seja uma época cansativa, esta é das que mais adoro ao longo do ano: estar no trabalho dos sonhos de segunda a segunda é um privilégio e, por isso, agradeço todos os dias! Além disso, Brasília fica linda, ou melhor, maravilhosa! As chuvas cessam, as noites de céu azul são perfeitas, tudo é um encanto.



Em tempos de tensão na nossa política, nervos à flor da pele e gente perdendo a calma, um pouco de natureza, ar puro e fones de ouvido com música boa sintonizada fazem um bem danado!

Que o mês de maio traga coisas boas e motivos para celebrar! Ou que, ao menos, a música reaproxime aqueles que se gostam, mas que estão deixando certas diferenças gritarem (bem) mais alto. 

Como bem escreveu o mexicano Octavio Paz, "a vida é pluralidade".




O ideal é sempre um horizonte

O ideal é sempre um horizonte...


Senhora com um buquê de rosas - Lady with Bouquet of Roses 
Vincenzo Irolli


Esta é uma das frases lindas e inspiradoras que aparecem neste vídeo promocional do Museu do Prado, em Madri (a pintura de Irolli, que aparece no início do post, não está no Prado rsrsrs).

Em uma semana em que os dias estão custando a passar, optei por desconectar-me dos portais de informação e desisti de ler parte considerável do meu feed de notícias nas redes sociais. Bafafá, piadas de péssimo gosto, gente perdendo o respeito por toda e qualquer pessoa que tenha um pensamento diferente do seu... enfim, intolerância e tensão por todo canto (até entre as pessoas que se dizem super de boas).

Que cenário preocupante este que se desenha à nossa frente, qualquer que seja o resultado do próximo domingo! Confesso que estou muito cansada e muito entristecida com tanta falta de perspectiva.

Que a arte ao menos possa nos transpor, ainda que temporariamente, para outros mundos e outras épocas...


 


E Jordi Savall para completar a viagem!

Origem da Palavra

Preguiça infinita de gente que se acha engraçada sem ser. Gente que usa do deboche para tentar provar algum tipo de superioridade (sabe-se lá o que passa numa cabeça dessa).

Na minha opinião, trata-se de um recurso muito utilizado por pessoas com autoestima baixa e que precisam se afirmar a qualquer custo.

Tem que ache que sendo "engraçado" irá ganhar aplausos e aprovação dos "amigo".



Nas redes sociais, aliás, em tempos de "fla x flu" político, tá uma coisa podre, dos dois lados.

Mas quando eu digo podre, é podre mesmo.

Feio, insuportável e cansativo. Afinal, gente por quem tínhamos admiração - entre eles amig@s, acadêmic@s e parentes (ainda que distantes), parece acreditar piamente que se encontra numa espécie de "stand up comedy" virtual e muitas vezes acaba enfiando os pés pelas mãos na hora de fazer chacota em relação aos outros ou compartilhar idiotices.

Hoje, curiosamente, encontrei este link e achei super legal: "origemdapalavra". 

É um site de Etimologia. Muito interessante! 

Deixo especialmente para os "engraçados" de plantão descobrirem um pouco mais sobre a origem de algumas palavras que definem suas atitudes ultimamente. 

Sem condição de colocar uma música séria aqui no post de hoje! Vamos rir que é pra não perder as amizades! hehehehe!


Yo solo queria ir al baile...


Texto triste, porém, oportuno. Para que este 8 de março traga boas reflexões sobre nossas conquistas e sobre o quanto ainda precisa ser vencido para que todas tenhamos uma vida digna e justa.



Como faz?




Como faz quando o corpo está num lugar e a cabeça em outro? 

Normalmente, o amor pela Espanha faz com que este sentimento perdure o ano inteiro... não que a vida aqui não seja boa. Na verdade, é maravilhosa! Mas a nostalgia de tudo lindo que vivemos ali parece só crescer com o passar dos anos. 

Ao todo, de 1997 pra cá, já foram quase 20 idas à essa terra que tanto amo... pensem o investimento financeiro que isso demanda! E pessoal! E profissional! Muita gente não entende. De verdade. 

Me lembro que, ao pedir para meu avô ser fiador da sala que eu alugaria quando decidi criar a OF, sem muita pretensão, ele me falou: "Mas, dança, minha neta? Você é capaz de muito mais!" 

Eu sei que ele só estava preocupado com meu futuro... afinal de contas, viver no Brasil é viver preocupando-se com o dia de amanhã, a não ser que você tenha uma estabilidade como a dos servidores públicos. Do contrário, tudo pode acontecer. 

Confesso que muitas vezes ao longo desses anos pensei e repensei minhas escolhas... especialmente quando recebi reconhecimentos, propostas e convites quase que irrecusáveis para atuar no campo de pesquisa em sociologia, que é minha formação acadêmica. Não tem sido fácil abrir mão de algumas coisas em prol do flamenco.

Mas o amor é tanto, é tanto, que não consigo me ver longe do flamenco, da Espanha e de tudo o que envolve essa forma de viver, custe o que custar. 

Até quando? Não faço ideia... mas no momento, tudo o que sei é que o corpo está aqui, a cabeça está lá e o coração está nos dois lugares. Pois, embora eu ame ir para lá, também amo as pessoas com quem convivo aqui, e não me imagino longe delas. 

Acho que essa pergunta que fiz no início do post é retórica e não me levará a lugar algum... Ao menos por enquanto. 

Que tenhamos coragem de seguir nossos sonhos, força para enfrentar as consequências, amor para apaziguar o coração quando tudo parecer difícil e saúde para poder seguir trabalhando com o que tanto nos traz felicidade! 

Um dos maiores sinais de que sou imensamente realizada com o que faço é a alegria que sinto aos domingos quando lembro que às segundas eu dou aula! 


Um brinde ao flamenco, a quem devo tanto! E a Jerez, para onde irei dentro de alguns dias, para voltar, se Deus quiser, cheia de aprendizado e gratidão! E que o universo me permita seguir viajando para lá para beber dessa fonte inesgotável, como tenho feito até agora! 

Bowie, Degrasse Tyson e os vencedores

Hoje acordamos com a triste notícia de que David Bowie, o camaleão que muitos de nós crescemos escutando e talvez jamais imaginássemos que este dia fosse chegar, já não está mais aqui.

Vários portais de notícia publicaram a informação dizendo que o cantor perdeu a batalha contra o câncer. Ora, eu fico muito triste quando leio essas manchetes, afinal de contas, qualquer pessoa que enfrentou esta doença de cabeça erguida já é por si um vencedor, independente de ter sobrevivido ou não.

Não é preciso ser um gênio para lembrar que a morte um dia vai chegar para todos, e nem por isso as pessoas terão fracassado na luta pela vida.

Por que as pessoas dizem que alguém "perdeu a batalha para o câncer", mas não usam a mesma expressão quando se morre de tantas outras doenças diariamente? Quantas vezes lemos em algum jornal que uma pessoa perdeu a luta para o ebola, para o diabetes, para alguma cardiopatia, e por aí vai?

Eu, particularmente, acho isso uma injustiça. Afinal de contas, quem lida com o diagnóstico de  um câncer, bem como seu tratamento, já é por si só uma pessoa merecedora de todos os títulos de coragem e bravura.



Aliás, deveríamos parar de pensar que morrer é perder uma luta. Morrer é parte do ciclo natural da vida, quer a gente goste ou não. Desejar estar aqui para sempre é que é estranho.

Claro que independente da gente reconhecer este fato, é ruim ter que dizer adeus a quem amamos. E é assustador pensar em algo que não sabemos como será, ou seja, o grande mistério que envolve a pergunta: o que acontece depois daqui?

Porém, acredito plenamente que nossa história não encerra com nossa partida. E acredito, realmente, que seguimos uma trajetória, seja retornando a este plano ou não, sempre em direção a algo. Em minha opinião, vamos nos tornando seres melhores. Mas como não temos provas concretas sobre o que ocorre, o assunto também me angustia e por isso evito pensar nele.

O post foi apenas para lamentar a ausência de Bowie e dizer que achei super legal ver tanta homenagem a ele hoje cedo. Até Banksy publicou em seu mural no Facebook a foto de um antigo grafite inspirado em uma das capas de discos mais famosas do rock britânico.


Para encerrar, gostaria de compartilhar novamente este trecho super inspirador de uma entrevista com o astrofísico americano Neil Degrasse Tyson. Vale a pena assistir ao vídeo.

"O conhecimento de que vou morrer é que cria o foco que eu trago estando vivo. A urgência de realização, a necessidade de expressar amor, agora! E não depois. Se você vive para sempre por que sequer sair da cama pela manhã porque você sempre terá o amanhã?"
~ Neil Degrasse Tyson


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