Estou para escrever este post desde julho, mas a correria chegou a um ponto que eu simplesmente não consegui fazer mais da metade das coisas que planejei para este semestre.
Porém, como há alguns dias eu comentei sobre o movimento punk numa aula minha de cultura flamenca (acreditem, tinha tudo a ver naquele momento hahahaha!), eu estou com essa nostalgia que algumas pessoas sentem quando relembram ídolos, momentos e referências da juventude. Tá bem, minha adolescência foi bem depois do lançamento deste álbum, que deve ter sido o que eu mais ouvi em toda a minha vida. Porém, minha juventude foi marcada por bandas que meu pai escutava na época e, consequentemente, The Clash era uma delas.
The Clash embalou meus estudos, minhas paixões, as festas que eu frequentava até os vinte e poucos anos, meus trajetos de ônibus, de carro, as viagens, tudo.
Depois de um tempo, pouco a pouco, o rock foi dividindo espaço no meu coração com o flamenco. Duas paixões, porém, a segunda acabou virando também meu trabalho. Resultado: as bandas de rock que eu escuto ainda são as que eu ouvia antes, pois hoje em dia o tempo anda curto para me manter atualizada, como eu adorava fazer quando era mais nova. E a prioridade acaba sendo o flamenco, que muda numa velocidade vertiginosa.
Tudo isso para contar que em julho deste ano, numa viagem maravilhosa que fiz à Andalucía com meu esposo, após alguns anos sem viajarmos juntos para o sul da Espanha, incluímos Granada no roteiro e eu separei um dia para ir até à pequena praça inaugurada há alguns anos em homenagem ao vocalista da banda, Joe Strummer, por quem eu nutria uma paixão platônica quando eu era adolescente hehehe!
Pegamos ônibus, levamos mapa, andamos, subimos, descemos e lá longe, numa curvinha, eu avistei a "placeta" com seu nome. Cheguei lá e vi que ela, não apenas era minúscula e quase imperceptível a quem não tem ideia de sua existência, como também está meio detonada.
A placa original, aparentemente, foi roubada e eles fizeram uma pintura com referência ao artista.
Mesmo assim, me emocionei. E muito! Porque eu adoro Joe Strummer e lamentei demais quando ele faleceu. E também porque eu sei que os integrantes do The Clash adoravam a Espanha, especialmente Granada, e, por isso, sempre quis refazer um pouco seus passos naquela cidade tão incrível.
Dizem que uma vez perguntaram a Joe Strummer por que ele sentia essa atração pela cidade de Granada, e teria respondido que provavelmente, era porque ele era um romântico. Quer resposta mais flamenca do que esta?
Então, o post de hoje, após meses sem passar por aqui, vai em homenagem a eles. Porque já tinha um tempo que eu queria colocar uns clássicos da banda aqui e também porque encontrei esta matéria super bacana publicada pelo jornal El País e que refaz os passos do grupo por Granada. A matéria se chama La Granada de The Clash.
Abaixo, a fotinho da placeta, que eu fiz este ano, num momento de nostalgia pura, e que meu esposo não entendeu muito bem. hahahaha!
Agora, o disco mais escutado por mim na vida! Fiquei nostálgica de novo. Espero que o próximo post seja menos saudoso!