É dia de rock, bebê!

Tive a alegria de crescer em uma casa onde se escutava rock todos os dias! Foi a trilha sonora da minha juventude! O Flamenco entrou na minha vida e me arrebatou, mas o rock sempre teve e terá um lugar mais do que especial no meu coração. Associo dezenas de músicas e bandas às pessoas mais importantes da minha vida, àqueles momentos que adoraria viver novamente, a viagens e sonhos. Impossível não ficar nostálgica hoje, 13 de julho! É dia de rock, bebê!








Em casa... (6)

E cá estamos, véspera de Samhain (no Hemisfério Norte) ou, para quem preferir, Halloween... Com o mês de novembro diante de nós, e ainda em casa


Quer dizer, há quem já tenha decretado o fim da pandemia por conta própria... mas as pessoas mais cautelosas seguem se cuidando e cuidando umas das outras. De março para cá, minhas saídas são somente para ir até a minha escola de dança e, no máximo, ver minha família, sempre num mega esquema, para diminuir ao máximo os riscos de contágio. Nada de café, nada de museu, nada de ensaios na OF, nada de espetáculos no Teatro, nada de viagens... (¿Hasta cuando?)

Jamais me passou pela cabeça que eu viveria um ano tão nonsense como este de 2020 (já não basta nossa política, que é um teste diário para os nervos). E estou certa de que este sentimento deve ser o mesmo de 99% das pessoas que conheço. Mas, embora a situação seja delicada para todos, cada um de nós a vivenciou de uma forma diferente.

Hoje, pouco mais de um mês após a morte da nossa tia, por Covid, vejo o quanto temos para falar, para nos expressar e para desabafar. A sensação é que este choque de realidade diário acabou não deixando espaço para mais nada. Sabe-se lá quando conseguiremos nos expressar novamente da forma com que estávamos acostumados. O fato é que ainda estamos vivendo esta espécie de pesadelo, sem uma data para terminar. Tempo de resiliência, de paciência e de adaptações (e quantas!). Mas, também, tempo de gratidão, por encontrarmos forças quando mais precisamos. Esta música PERFEITA gravada pelos suecos do The Hives tem uma frase que tem muito a ver com o momento: A war can't be avoided but it can be won...

Vai passar, ainda que não seja agora. Enquanto isso, seguimos com nossa nova rotina, ficando em casa, sentindo a vista piorar por causa de tantas horas em frente a aparelhos eletrônicos, reorganizando as relações de trabalho e as relações pessoas. E com muita saudade! De quem está aqui e não podemos ver como gostaríamos e de quem partiu, infelizmente!

Em casa....(5)

Em tempos de notícias difíceis de digerir, preocupação excessiva e um certo desânimo que às vezes insiste em nos rodear, uma leitura leve e que se molda em nossa cabeça como um filme é uma excelente pedida, não acham? 
Pois bem... há algumas semanas eu devorei em questão de 2 horas e meia "A Leica: uma novela fotográfica". Comecei e não conseguia mais parar. Quando acabou, rolou até uma certa resistência em voltar à realidade...

No flamenco temos uma expressão para algo que nos envolve de uma forma que não conseguimos mais soltar: te engancha. Foi exatamente assim que me senti ao ler este livro, o primeiro escrito por Nick El-moor.

Espero que seja o primeiro de vários outros, pois, a forma como o autor nos conduz nessa história é bem especial e temos a sensação de viajamos tanto no tempo - de volta ao início dos anos 1990 (como não amar?) e no espaço, algo que neste período faz um bem enorme! 

Como não quero dar spoiler da história, deixo aqui a sugestão da leitura e peço que me contem depois o que acharam.

O livro está disponível na Amazon, é só clicar aqui, e o preço é super acessível! 


Espero que gostem da dica! Para embalar a leitura, tem uma playlist preparada pelo próprio autor no Spotify. Super vale a pena acessar!

Deixo aqui uma música que fez parte da minha adolescência, época em que as bandas que estouraram nos anos 80 na Europa chegavam por aqui com algum delay. Elas vinham nas malas das pessoas que tinham a oportunidade de viajar e trazer álbuns e fitas cassetes importadas. O hit é de 1985, mas a lembrança que tenho é do meu pai escutando esta música por volta de 1991, enquanto levava suas filhas adolescentes para o colégio... Saudade da boa!! 


Em casa... (4)

Viajar sem sair de casa... este tem sido um dos programas feitos por muita gente durante os dias de isolamento social...


O corre corre com as gravações das aulas a distância da OF tem sido tão intenso que mal sobra tempo para um episódio de alguma série na Netflix ao final do dia. Mas, hoje eu me permiti fazer duas coisas que até então não havia feito: assistir a duas lives e passear virtualmente por um museu que já conheço, mas que não me canso de visitar. Ou seja, eu poderia dizer que tive um domingo repleto de coisas boas, especialmente porque pela manhã pude curtir minhas família um pouquinho,  com máscara, álcool gel e uma distância boa de cada um deles... mas foi um presente que acabamos nos dando...

As lives foram bem diferentes. Na parte da tarde, o Mosteiro de São Bento em SP exibiu alguns cantos ao vivo pelo Instagram. Mais de 8 mil pessoas assistindo! E lá estava Patrícia em sua primeira live da quarentena! Adorei! No final da tarde, Alceu Valença pelo YouTube! Bom demais! Estava precisando!

Agora à noite, descobri um link suuuuuper legal que não é exatamente o Museo de Bellas Artes de Sevilla, mas é um blog que comenta quadro por quadro do museu, seguindo o que seria uma visita que começa no térreo e vai até o andar de cima, que é o meu favorito, pois em um dos seus cantos está a sala de pinturas costumbristas, minha paixão!

Deixo aqui o link porque quem gosta de museus, da Andalucía, de Sevilla, de história e de tantas outras coisas, certamente vai amar. 

Para conhecer os quadros, um a um, acesse: http://leyendasdesevilla.blogspot.com/2011/08/el-museo-de-bellas-artes-de-sevilla-y.html

Além do link, vou deixar também algumas fotos que fiz há menos de dois meses, quando estava por lá e me despedi do museu com um até breve, pois jurava que voltaria a Sevilla em julho deste ano, no nosso Circuito Andaluzia, que estamos organizando.






Sabemos que com toda essa pandemia, impossível estarmos lá tão cedo. Porém, a viagem será apenas adiada, pois temos a esperança de levarmos o grupo (ou a parte dele) a este passeio maravilhoso que foi planejado com tanto amor, tanta pesquisa e tanta dedicação. Fico feliz cada vez que uma aluna me manda mensagem dizendo que estará na viagem, aconteça quando acontecer!

Me alegro, não pela viagem em si, pois eu espero continuar indo muitas outras vezes, independente do circuito. Mas minha alegria é em saber que essas pessoas terão uma experiência duplamente inesquecível: visitar a Andaluzia numa viagem preparada da forma que esta está sendo organizada, e viver tudo isso após meses de muita angústia e preocupação. Acredito que tudo terá um significado ainda mais especial! E me alegro porque estaremos juntas para viver isso!

Então, já que escrevi muito... aí vai um álbum para acompanhar a visita ao Museo de Bellas Artes de Sevilla. Escolhi um guitarrista sevillano para embalar nosso passeio. O maravilhoso Rafael Riqueni. 

Espero que gostem! Este post foi preparado com um amor enorme, vocês não fazem ideia!

Em casa... (3)

Mais cedo eu lia uma notícia em um jornal local, onde dizia o seguinte: "Presidente voltou a causar aglomeração e afirmou que quem não for idoso ou tiver problemas de saúde 'tem que trabalhar'". Esse ser ignóbil acha realmente que as pessoas estão em casa deitadas numa rede bebendo água de coco?

Eu trabalho da hora em que eu acordo até a hora em que vou dormir para tentar pagar as despesas de uma escola que está fechada simplesmente porque é completamente insano pensar em juntar pessoas para uma aula de dança neste momento. O mesmo vale para tantos outros serviços que estão temporariamente suspensos por uma questão óbvia de saúde pública.

 Estou sentindo na pele o que é precisar retomar as atividades e não poder. Mas tenho informação suficiente para entender que neste momento, a levianidade de uns pode colocar todo um país em risco de colapso.



Sei que tem gente que não entende isso, provavelmente por ignorância. No entanto, ver pessoas minimamente informadas aderirem a essa campanha pela reabertura das atividades tem feito com que eu perca, a cada dia, um pouco mais da minha fé na humanidade.

Hoje me deu uma vontade enorme de escutar Radio Tarifa, um dos grupos que mais amo há mais de duas décadas! Os ouvi pela primeira vez na Espanha, e foi amor à primeira vista. Comprei tudo deles, virei fã de carteirinha... até que o grupo acabou e, depois, para minha tristeza, o cantor Benjamin Escoriza faleceu... Embora eles tenham músicas beeem alegres, esta especialmente melancólica foi a primeira que toquei aqui em casa esta tarde. 


Logo abaixo deixo uma mais animadinha que é para não deixarmos o baixo astral tomar conta de vez. Dias melhores virão. Assim espero. 


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