Dança, cultura e devaneios



Por uma semana de sonhos e devaneios....


Eu não sou uma sonhadora. Só devaneio para alcançar a realidade.
Clarice Lispector






Apaixonada por essas estampas da Eucalol Série 292 "As Danças Através do Mundo".


Para ver todas elas e as descrições, acesse o site Cultura e Conhecimento e navegue sem moderação!

Quer música mais apropriada para embalar a segunda-feira?




Aproveito para complementar o post compartilhando também a versão original, a qual, descobri esta semana, era a música preferida da minha querida aluna Anna quando criança. :)



Eucalol foi uma empresa de produtos de higiene pessoal brasileira, fundada no Rio de Janeiro pelos irmãos alemães Paulo e Ricardo Stern. Era mais conhecida por seu sabonete que, feito de eucalipto e apresentando uma coloração verde, causou no público da época certo estranhamento. Isso fez com que os empresários resolvessem inovar e lançar no mercado estampas colecionáveis junto ao sabonete, prática que se tornou um grande sucesso entre os consumidores.

As inesquecíveis estampas acompanhavam as embalagens do sabonete Eucalol, circulando no Rio de Janeiro por três décadas, entre 1930 e 1960. Impressas em cartão formato 6x9, apresentavam na frente desenhos com temas variados e no verso um texto explicativo. Elas participavam do cotidiano de crianças e adolescente que privilegiavam as “figurinhas” instrutivas, que ao longo de 54 temas, conduziam-nos por viagens imaginárias entre animais pré-históricos, peixes das profundezas oceânicas, índios do Brasil e episódios da história brasileira.

Permaneceu no mercado até a década de 1970.

Fonte: Wikipédia 

Planos para o feriado

Planos para o feriado: tocar violão *-*
Pequena lista de coisas para fazer no feriado...

Ler, ler, ler (ainda com uma pilha de livros de flamenco para colocar em dia). 
Escutar Renato Godá enquanto preparo alguma receita nova. 
Praticar os novos exercícios de violão (literalmente apaixonada). 
Corujar minha sobrinha (simplesmente o ser mais lindo que eu já vi na vida). 
Curtir o trio felino maravilha. 

Não necessariamente nessa mesma ordem...

A vida pode ser mágica mesmo nos momentos mais simples.









O beijo libanês, o bolo amarelo e o outubro rosa



Esta música, aqui interpretada pela talentosa Montse Cortés acompanhada por Javier Limón, é uma famosa música (Bint Al Shalabia para uns, Kamtar zan shane para outros) já gravada por dezenas de artistas (seja apenas instrumental, cantada em árabe ou em outro idioma). É, digamos, um clássico da música oriental.

A escolhi porque, além de linda, é leve, tem um quê de feminina e achei que combinaria bem para abrir o mês de outubro, conhecido pela importante campanha de combate ao câncer de mama, e também para aproveitar o pretexto do título e passar a receita de um bolo tipicamente libanês que eu preparei para um encontro que tivemos na minha escola de dança semana passada e que agradou a muita gente!





Fiquei especialmente feliz porque o Sfouf (nome do bolo, em árabe), além de remeter às minhas origens, pode ser veganizado - assim como na receita que eu costumo preparar. Basta trocar o leite de vaca por qualquer outro leite vegetal. Eu já testei com leite de soja, de aveia, de arroz e de amêndoas. Sempre dá certo, embora o preparo com leite de soja exige que o bolo fique beeeeem assado para evitar que ele azede antes do tempo. Vide passo a passo ao final do post. 

Sobre a música, uma última informação. Ela faz parte do álbum Mujeres de Agua, produzido pelo próprio Javier Limón e é um tributo lindo de viver às mulheres iranianas que são proibidas de cantar em público e gravar discos. Mas tenho certeza de que um dia isso tudo muda! As pequenas grandes conquistas são celebradas por mulheres em todo o mundo, cada qual em intensidades diferentes, mas igualmente importantes.

Já que não dá para fazer um bolo ouvindo apenas uma única música, escolhi outras duas do mesmo álbum! Lindas, não?




Vamos à receita?

Sfouf 
(bolo libanês feito à base de cúrcuma)



Pre-aqueça o forno a 180ºC.

Em uma vasilha, misturar (primeiro os secos, depois acrescentar os ingredientes molhados):

- 300 g de farinha de trigo
- 100 g de semolina
- 225 g de açúcar
- 1 colher chá de cúrcuma (também conhecida como açafrão da terra, vende em qualquer supermercado, na prateleira de temperos)
- 2 colheres chá de fermento em pó
- 1 xícara e 1/2 de leite vegetal (pode usar um pouco menos e, se achar que a consistência está muito grossa, adicionar o restante paulatinamente)
- 1/3 xícara de óleo vegetal

Observações:
- há quem adicione mais cúrcuma à receita, vai do gosto de cada um.
- a maior parte das receitas que eu pesquisei incluem a erva-doce na massa (outra opção é aromatizar o leite com a erva doce e depois usá-lo na receita). Como eu não sou fã de erva-doce, eu faço o meu bolo sem.
- pode usar o leite de vaca normal, mas é que eu não compro aqui em casa.

Preparo:

Mexer com uma colher grande até a mistura ficar bastante homogênea. Passar a mistura para um tabuleiro untado e enfarinhado (as receitas originais sugerem untar com tahine e não enfarinham. Como eu uso um tabuleiro redondo de ferro fundido e esmaltado, eu não unto nem enfarinho). Como decoração, pode-se utilizar amêndoas sem pele, amêndoas em lasca, snoubar ou gergelim.

Levar para assar por aproximadamente 20 a 25 minutos, dependendo do forno.

Retirar do forno quando ele estiver bem moreninho por cima e, ao enfiar um garfo ou palito no centro do bolo, perceber que ele está sequinho.

Deixar esfriar antes de cortar (super importante para que ele não quebre). O formato do corte é aquele em losangos como na foto.


Esta foi o primeiro sfouf que eu fiz.
No dia em que preparei não tinha amêndoas, então usei gergelim por cima.





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