Quase foliando


Alceu Valença foi o máximo que eu consegui me aproximar do espírito carnavalesco hehehehe....

Nada contra a festa mais popular do Brasil, mas confesso que nem lembro que carnaval existe, exceto pelo fato de que viajo no meio do feriado.

Não diria que são férias, mas espero que os dias sejam simplesmente leves. 
















Tese disponível, música andalusí e saudades do doutorado...




Muita gente tem me enviado mensagem desde a minha defesa perguntando se a tese já está disponível. Eu vi hoje que ela já pode ser acessada. Então, segue o link para quem quiser consultar. Em virtude de todos os imprevistos que aconteceram em 2014, eu precisei abrir mão de alguns tópicos importantes que eu havia planejado incluir na tese, pois não tinha mais tempo para escrevê-los. Hoje, lembrando o tanto de coisa que rolou ano passado, eu mal posso acreditar que consegui concluir o doutorado. Sou muito grata por ter chegado até aqui, especialmente a todas as pessoas que de alguma forma estiveram ao meu lado - ou de longe - ajudando. :) Faria tudo outra vez se tivesse oportunidade!

"Pertenço a uma tribo que, desde sempre, vive como nômade num deserto do tamanho do mundo." 
Amin Maalouf


Mas como o blog é de música, fiquei pensando nos principais artistas que escutei enquanto escrevia minha tese... sem dúvida, depois de flamenco, música árabe foi o que mais ouvi nesses últimos 4 anos. E Eduardo Paniagua está entre os artistas mais inspiradores. Aproveito para colocar aqui o link para um álbum completo, que é uma maravilha!!! 

Caymmi em dia de Iemanjá

Música composta em 1941, numa reunião na casa do pai do escritor Jorge Amado, coronel João Amado de Faria. Conforme depoimento do próprio Caymmi "no calor da festa, criei a canção sobre o tema de Mar Morto, romance de Jorge Amado sobre os mestres de saveiros" . Caymmi fez os primeiros versos "é doce morrer no mar, nas ondas verdes do mar". Em seguida Jorge Amado compôs mais alguns versos "Nas ondas verdes do mar meu bem/ ele foi se afogar/ fez sua cama de noivo/ no colo de Iemanjá...". Chegou-se a fazer até uma espécie de concurso nessa reunião, onde também fizeram versos os escritores Érico Veríssimo, Clóvis Amorim e outros, mas prevaleceram os versos de Caymmi e Amado. 




Na minha opinião, todas as versões para esta música são maravilhosas. Hoje, em especial, por ser 2 de fevereiro**, dia de Iemanjá, entrei no espírito navegante e escutei Caymmi desde cedo. Porém, publico aqui a gravação feita por Cesária Évora e Marisa Monte.




É doce morrer no mar
Nas ondas verdes do mar
É doce morrer no mar
Nas ondas verdes do mar

A noite que ele não veio foi
Foi de tristeza pra mim
Saveiro voltou sozinho
Triste noite foi pra mim

É doce morrer no mar
Nas ondas verdes do mar
É doce morrer no mar
Nas ondas verdes do mar

Saveiro partiu de noite foi
Madrugada não voltou
O marinheiro bonito
Sereia do mar levou

É doce morrer no mar
Nas ondas verdes do mar
É doce morrer no mar
Nas ondas verdes do mar

Nas ondas verdes do mar meu bem
Ele se foi a se afogar
Fez sua cama de noivo
No colo de Iemanjá

É doce morrer no mar
Nas ondas verdes do mar
É doce morrer no mar
Nas ondas verdes do mar


** Iemanjá, também conhecida como "Rainha do Mar" é um orixá africano, e faz parte da religião do candomblé e de outras religiões afro-brasileiras. O Dia de Iemanjá é a maior festa de Iemanjá, onde milhares de pessoas se vestem de branco e vão à praia depositar oferendas, como espelhos, jóias, comidas, perfumes e outras objetos. Inicialmente, o Dia de Iemanjá era comemorado em conjunto com a Igreja Católica, porque dia 2 de fevereiro também é dia de Nossa Senhora da Conceição. Porém, nos anos 60, houve uma reação da Igreja, que começou a considerar a celebração um culto pagão, e atualmente a data conta com devotos do candomblé e da umbanda, em sua maioria. Existe ainda uma ligação com o catolicismo, no entanto. O dia de Iemanjá é também o Dia de Nossa Senhora dos Navegantes, uma santa católica. No Rio Grande do Sul e em Santa Catarina ainda existe esse sincretismo entre Iemanjá e Nossa Senhora dos Navegantes. No Rio de Janeiro Iemanjá é sincretizada com Nossa Senhora da Glória. (Fonte: http://www.calendarr.com/brasil/dia-de-iemanja/)

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